É Deus o único Santo por Si próprio, assim nos ensina a Tradição Católica. Dizemos muitas vezes na Missa: Só Vós sois o Santo, Só vós o Senhor. Entretanto, graças à Redenção operada por Nosso Senhor Jesus Cristo, atualizada na Igreja pelo Espírito Santo, todo batizado é portador da santidade, presença viva nele, do próprio Jesus Cristo; cujo Espírito nos santifica, e conduz à santificação completa, "sem a qual ninguém verá o Senhor". Não é a Igreja que santifica, mas Cristo, Vivo e atuante na Igreja, Quem santifica os fiéis pelo Seu Santo Espírito. A Graça, com efeito, não é dada somente para remissão dos pecados, mas também para incremento de vida sobrenatural, sempre frutífera, fecunda em boas obras. Jesus deu a receita para que todos tivéssemos nEle a santidade, que é a vida espiritual da Graça. "Todo ramo que permanece unido a mim, frutifica". O Padre Cicero é santo, porque sua vida, suas boas obras, seu testemunho de fidelidade à Igreja, mesmo em contradições institucionais, são inegáveis. O próprio Jesus nos deu o sinal de verdadeiros profetas: "Pelos seus frutos os conhecereis". O Padre Cícero foi e é até hoje, arauto da unidade na Igreja, símbolo vivo de uma Igreja que é ao mesmo tempo militante, padecente e triunfante. Uma Igreja composta de homens, mas por Graça e Presença Viva do Fundador, SANTA. Todos nós somos chamados a ser santos. "Sede santos como Eu Sou Santo". E para ser santo não precisa, como já foi dito, nem rezar muito, nem sofrer muito...Mas AMAR muito. Cada um de nós pode amar e dar um pouco mais de amor à Igreja, à humanidade, e ao mundo. O Padre Cícero fez isso a vida toda, amando e servindo os irmãos. Não fez dos "milagres" sua bandeira, mas dos pobres, a sua missão, como genuíno seguidor de Cristo pobre. Foi aos pobres que destinou Deus por Jesus, o anúncio do Evangelho. Ele mesmo o afirmou: "para proclamar o Evangelho aos pobres". E o Padre Cícero foi fiel, como santificado pelo Espírito da Vida e da Verdade, a lutar pela vida, e proclamar a Verdade da libertação evangélica aos pobres, dos quais é o Reino dos Céus. À medida que a Igreja se aproxima mais das suas fontes primitivas, reconhecendo seu tesouro verdadeiro, que é como já dizia São Clemente, Papa...OS POBRES...Aqueles testemunhos mais vivos da santidade próxima da santa pobreza, são reconhecidos, são declarados santos e assim canonizados. Temos agora um Papa com nome de FRANCISCO, e é de esperar que em breve tenhamos mais um santo dos pobres, um santo do povo, o Padre Cícero de Juazeiro. Assim Seja.